Facilmente se imaginam locais perfeitos de prática para o Chi Kung, a praia, o campo ou montanha, ou um qualquer templo perdido nas montanhas de um pais distante onde existe o silêncio e o cheiro do incenso no ar.
Quem imagina estas condições como ideais para a prática nunca treinou consistentemente ou se quer experimentou o Chi Kung. É uma fantasia, como o dia perfeito, o par perfeito ou a vida perfeita.
A prática de Chi Kung não obedece a momentos pontuais saídos das revistas de viagens. Sim, poderá acontecer algumas vezes mas isso não é o dia a dia, isso não torna a prática consistente e integrada.
As condições nunca deverão ser um impedimento à prática.
O mestre Guo Yun Shen esteve no século IXX preso durante três anos e saiu mais saudável do que entrou pois fazia uso do muito tempo que tinha praticando.
O Wang Xiang Zhai foi proibido de praticar a sua arte marcial nos anos 50. Isso levou-o a converter o que sabia numa forma poderosa de terapia aplicando-a em hospitais na China. Privadamente continuou a sua prática apesar do risco que corria.
O professor Yu Yong Nian e a Madame Wang Yuk Fong sofreram lesões graves na revolução cultural. O professor Yu danificara-lhe gravemente as vértebras lombares e a Madame Wang Yuk Fong partiram-lhe parte do pélvis. Ambos têm hoje 90 anos e continuam a praticar.
Esperar praticar só quando as condições ideais estão reunidas, é não saber explorar o momento e a impossibilidade, e é limitar grandemente as hipóteses de treino.
Sem falar da vida em si.
Exercício:
Onde quer que esteja, agora, neste momento, a ler este artigo, pratique cinco minutos de Chi Kung. Aproveite a impossibilidade, crie hipóteses – Essa é a alquimia do treino.
Autor: Lourenço de Azevedo
Obrigada pelas palavras que nos levam a reflectir e quiça, alterar comportamentos quebrando padrões,
É com muito prazer que leio os seu artigos,
Feliz Natal,
Maria José
Obrigado Maria José,
Festas felizes também.