Quando traduzo literatura, um trabalho que amo, estou várias horas sentada, de olhos fixos no monitor. Faz bem à alma e mal ao corpo. É mais uma razão para caminhar, nadar e, de há sete anos para cá, praticar Chi Kung.
Aprendi natação em criança, cheguei a entrar em competições, e fiz muitas vezes ioga, sempre em ritmo irregular. Em 2003, depois de praticar três anos com a mesma professora, tive problemas de coluna e parei.
Em 2012 comecei a praticar Chi Kung com o Lourenço de Azevedo e em 2018 concluí, também no IMP, o curso de instrutores.
O Chi Kung é ver o corpo de outra maneira. Praticamos na sala de aula, calçados ou descalços, nas rochas em frente ao mar, sentados, em qualquer lado. De pé, em Wu Ji, descansamos. E o material auxiliar é indispensável, mas somos nós que o imaginamos. Com excepção dos passos, que sugerem um certo cerimonial, a prática é discreta. É exigente e é simples.
Há muitos anos traduzi um pequeno livro, ‘Um Sorriso nos Olhos da Alma’, de um autor inglês chamado Lawrence Durrell. É a narrativa do encontro entre dois homens (um inglês e um chinês) e da ligação entre o ocidente e o oriente. Ao escrever esta nota, vi que o Chi Kung também é A Smile in the Mind’s Eye.
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